No município de Silva Jardim, no Rio de Janeiro, é onde vive uma parceira nossa que tem muita história pra contar, a bióloga Cecília Freitas da Reserva Botânica de Águas Claras. Hoje, com seus 48 anos, coordena todo o trabalho de cultivo dentro da Reserva.
História da Reserva Botânica de Águas Claras
Quando tinha 33 anos, Cecília assumiu a fazenda de plantação de palmito de seu pai, Gilberto Lafayette. Na época a propriedade abrigava uma coleção de palmeiras conhecida no mundo todo. Depois de um tempo seu pai viu a necessidade de ter um lugar mais adequado para abrigar essas palmeiras e foi parar em Silva Jardim.
Município esse que abrigou a coleção famosa de palmeiras de seu Lafayette e que hoje produz uma diversidade enorme de alimentos graças a esse amor pelas plantas que Gilberto passou para a sua filha, Cecília.
“A fazenda onde estamos é quase toda uma reserva de mata atlântica, tem um clima e um relevo especial para as palmeiras, foi o lugar que ele escolheu para elas”
Para a bióloga, a prioridade sempre foi a floresta, manter a área preservada. A Fazenda possui 70% de mata atlântica e só se cultiva nos pedacinhos remanescentes de pastos degradados. E onde há necessidade, Cecília e a sua equipe fazem reflorestamento e recompõem matas ciliares.
Quando assumiu a propriedade, Cecília queria entender o porquê de as pessoas da região não plantarem mais. Questionando alguns, acabou descobrindo que eram explorados e às vezes até enganados quando tentavam vender os produtos cultivados na época. Com isso, ela começou a incentivá-los a plantar novamente, a recuperar essa cultura local tão rica e que foi esquecida.