Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, o debate sobre preservação ambiental é urgente. Conheça algumas atitudes do Meu amigo tem um sítio para garantir menos impacto ambiental e gerar mais conexão das pessoas com a natureza. Temos uma só Terra: precisamos, urgentemente, preservá-la.
Cientistas acreditam que existem cerca de 100 bilhões de galáxias no Universo. Entre elas, está a nossa galáxia, que abriga ao menos 300 milhões de planetas. Até hoje, os humanos só podem habitar um deles: a Terra.
Baseada neste princípio, a campanha “Uma só Terra”, lançada pela Organização das Nações Unidas (ONU), atrai atenção das pessoas para o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste domingo (5/6). A data foi criada pela ONU em 1972 para promover o debate de diversos setores da sociedade sobre a importância de preservar o nosso patrimônio mais rico: a natureza.
Mahatma Gandhi, ativista indiano, uma vez disse que “a natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância”. Durante anos, o progresso humano e industrial foi priorizado em detrimento da proteção dos recursos naturais.
A sustentabilidade, por outro lado, ganha cada vez mais destaque nas agendas políticas atuais, sobretudo com o início da Década de Restauração de Ecossistemas 2021-2030. A proposta é deter a poluição dos ecossistemas e restaurá-los, buscando alcançar objetivos globais.
Para isso, é necessário que pessoas e indústrias de todo o mundo estejam unidas em prol de um impacto positivo, seja optando por produtos livres de ingredientes nocivos ao meio ambiente e à saúde, fazendo a reutilização de embalagens, repensando o desperdício e o consumo desenfreado ou até promovendo o reaproveitamento e a reciclagem de resíduos.
Fernando Tanscheit, professor de agrofloresta, defende a importância de repensar a relação que a sociedade construiu com o meio ambiente. “O ser humano é parte integrante da natureza que compõe a vida no planeta Terra. É fundamental nos percebermos como parte do todo e não acima dessa natureza, como dominadores.
A nossa relação tem de ser repensada a partir de nós mesmos, de cada indivíduo que compõe o todo. Plantar uma parte do seu alimento, árvores do futuro, fazer a gestão dos resíduos orgânicos e promover a educação ambiental são alguns exemplos do que podemos fazer no nosso cotidiano”, comentou.
Iniciativas do Meu Amigo tem um Sítio para o Dia Mundial do Meio Ambiente
As práticas verdes e limpas fazem parte do Meu amigo tem um sítio antes mesmo do nascimento da empresa. Idealizado pelo sonho de Fabiana Sardinha e Ricardo Terzella de tornar os alimentos orgânicos acessíveis, o Sítio nasceu seguindo as práticas de sustentabilidade e a relação justa com os produtores.
Em consonância com esse propósito, Ricardo comenta que a experiência com agricultores familiares foi uma grande inspiração. “O universo dos orgânicos foi o único caminho que trilhei nesta jornada. É uma temática que dialoga consistentemente e propõe soluções práticas para os mais críticos problemas de nossa contemporaneidade. Da crise climática e ambiental à fome e desigualdade social”, comenta.
A escolha pela venda de alimentos orgânicos, por si só, já garante maior proteção ambiental em comparação com a produção convencional, que utiliza venenos na plantação. Os agrotóxicos têm consequências graves para a saúde dos solos, rios e mares, além de oferecer risco de intoxicação dos trabalhadores rurais e consumidores. Em outra matéria especial do nosso blog, tem mais informações sobre a situação dos trabalhadores rurais.
Fernando explica as principais diferenças entre os alimentos orgânicos e tradicionais. “Quando aplicamos os pretextos filosóficos da agrofloresta, com as ideias de abundância, diversidade, solo coberto, entre outras, nos afastamos do modo ‘convencional’ de produção. Não gosto de usar a palavra ‘tradicional’, porque tradicional mesmo é como era feito há mil anos, com o processo natural! A diferença está na nossa oportunidade de participar dos processos que sustentam a vida”, disse.
Para o professor, a agricultura orgânica se aproxima dos ciclos da natureza, de forma contrária ao plantio convencional. “O orgânico respeita os ciclos de chuva, a lua, condições de sol e outros processos para plantar o alimento nos próprios ciclos naturais. Já a agricultura convencional industrializa esse processo”, comentou. Ele ainda diz que o Meu amigo tem um sítio facilita o acesso a estes novos hábitos. “É uma empresa que atua nessa busca de uma outra relação com a natureza e abre a possibilidade de nos aproximarmos do alimento saudável, sem veneno”, conclui.
Menos impacto ambiental é mais!
Além de vender alimentos orgânicos e agroecológicos, o Sítio também implementou outras práticas sustentáveis, que incluem a diminuição (e quase erradicação) do plástico, substituindo-o por material reutilizável e biodegradável. As sacolas que eram utilizadas para embalar frutas, verduras e legumes foram substituídas por papel kraft. Com isso, foi possível diminuir o descarte de plástico, substituindo-o por material que não agride o meio ambiente.
A iniciativa Ciranda das Bolsas propõe que os clientes do Sítio participem ativamente da reutilização, de forma simples e prática. As bolsas usadas para a entrega dos alimentos são resistentes. Basta devolver a bolsa que estiver na sua casa, assim que chegar a hora de receber mais uma entrega! Elas serão higienizadas e reutilizadas em outras compras, evitando desperdício.
E não só as bolsas podem ser reutilizadas! Carinhosamente apelidada de Noz no Pote, a nossa marca de nozes e cereais a granel parte do princípio de que os potes usados para a venda destes produtos são retornáveis. As embalagens são de vidro, evitando o uso de plástico, e podem ser devolvidas no sistema de logística reversa. Potes de vidro de produtores parceiros também podem ser devolvidos. Para participar, é só retornar os frascos na próxima entrega!
Mudar a relação com o meio ambiente pode não ser fácil, mas é urgente! E a educação ambiental cumpre papel fundamental neste processo. Como o professor Fernando explica, é possível mudar coisas pequenas na rotina para reconstruir essa relação com o meio ambiente. “A gente busca mudar os hábitos através da criação de costumes. A conexão com a natureza precisa vir através de novos costumes”, comentou.
Na casa de Ricardo e Fabiana, essa reeducação parte do princípio de alimentar-se com comida sem veneno e de qualidade, mas abrange todas as áreas de consumo. “Viemos, ao longo desses anos, convertendo a alimentação de nossa família em orgânica.
Hoje, da geladeira à despensa, da área de serviço ao banheiro, só usamos produtos feitos por pessoas que conhecemos, orgânicos, ecológicos e de altíssima qualidade”, completou Ricardo.