Alimentos Ultraprocessados: saiba o que são e porque tirá-los da dieta

Ultraprocessados como pizza, frituras e enlatados

Um dos corredores mais coloridos do supermercado é o de salgadinhos e biscoitos. Prateleiras de cores vibrantes e embalagens metalizadas escondem os males à saúde dos alimentos ultraprocessados. Identificá-los e cortá-los da dieta é algo que vai além da sua saúde: influencia no meio ambiente e na economia sustentável.

Aqui vamos compartilhar com vocês o que são os alimentos ultraprocessados, os malefícios que eles causam à saúde e como ter a mesma praticidade e gostosura no seu dia a dia enquanto faz uma desintoxicação desses alimentos. Acompanha!

Alimentos Ultraprocessados - um hamburguer com chedar industrial

O que são alimentos ultraprocessados?

Para entender o mal que eles fazem, é importante entender o que são alimentos ultraprocessados. Para que um alimento seja considerado ultraprocessado, ele precisa cumprir alguns requisitos apontados pelo Ministério da Saúde:

  • Ser uma fórmula industrial
  • Conter cinco ou mais ingredientes na composição
  • Pobres nutricionalmente e ricos em:
    • Açúcares;
    • Gorduras;
    • Sódio
  • Favorecem a ocorrência de algumas doenças:
    • Deficiência nutricional
    • Obesidade
    • Diabetes

Esses alimentos passam por múltiplas etapas de processamento e conservação, com a aquisição de conservantes, corantes, saborizantes e aromatizantes artificiais. Eles se diferenciam dos alimentos in-natura, minimamente processados, processados e ultraprocessados.

Exemplos de alimentos ultraprocessados

A mesma cartilha do Ministério da Saúde fornece uma lista de alimentos ultraprocessados comumente encontrados em supermercados ou em lojinhas de conveniência:

  • biscoitos
  • sorvetes e guloseimas; 
  • bolos; 
  • cereais matinais; 
  • barras de cereais; 
  • sopas, macarrão e temperos “instantâneos”; 
  • salgadinhos “de pacote”; 
  • refrescos e refrigerantes; 
  • achocolatados; 
  • iogurtes e bebidas lácteas adoçadas; 
  • bebidas energéticas; 
  • caldos com sabor carne, frango ou de legumes; 
  • maionese e outros molhos prontos; 
  • produtos congelados e prontos para consumo (massas, pizzas, hambúrgueres, nuggets, salsichas, etc.); 
  • pães de forma; 
  • pães doces e produtos de panificação que possuem substâncias como gordura vegetal hidrogenada, açúcar e outros aditivos químico

Você pode observar que há características em comum entre todos esses alimentos ultraprocessados: eles são de fácil ingestão e preparo (reparem nos “instantâneos”, “de pacote” e produtos que demandam apenas aquecimento para serem consumidos), duram muito tempo e são, normalmente, extremamente saborosos.

Qual a diferença entre alimentos processados e ultraprocessados?

Antes de continuarmos, vale mencionar que a diferença entre alimentos processados e ultraprocessados está no volume de etapas e ingredientes. Compostos como sal (sódio), gordura e açúcares são conservantes naturais de alimentos, sendo usados para aumentar a vida útil dos produtos.

A diferença entre processados e ultraprocessados é que os ultraprocessados usam, além desses componentes, muitos aditivos químicos capazes de regular e garantir longevidade ao alimento, enquanto os processados usam essas substâncias “naturais” – como açúcar, gordura e sal – para conservar.

O problema dos alimentos processados é que eles elevam a taxa natural de açúcar, gordura e sais nos alimentos. A vantagem é que os alimentos podem durar mais tempo, permitindo que sejam transportados por longas distâncias.

Alimentos ultraprocessados fazem mal?

Sim, alimentos ultraprocessados fazem mal. Não há como falar de outro modo. O alto teor de açúcares, gorduras e sódio, aliado a um aumento de compostos artificiais e químicos pode desencadear doenças estruturais, como obesidade, pressão alta e doenças do coração.

Além disso, o consumo de compostos artificiais têm sido associado cada vez mais com alergias e doenças de fundo, como diabetes, doença celíaca e outros similares.

Como identificar um alimento ultraprocessado?

Para que você não corra o risco de colocar a coisa errada na sua cesta – porque os alimentos ultraprocessados vão muito além da lista que indicamos – separamos algumas dicas para você conferir antes de comprar um alimento.

Lembre-se sempre que conferir o rótulo e entender qual a composição do alimento é essencial para uma alimentação balanceada e atenta à sua saúde.

Muitos ingredientes na composição

Como vimos, a definição de um alimento ultraprocessado passa por “mais de cinco ingredientes na composição”. Caso a lista de ingredientes de um produto – aquela que fica logo abaixo de uma tabela nutricional – seja muito extensa, saiba que está levando para casa um ultraprocessado.

Aí cabe entender cada um desses componentes. Os últimos da fila – que normalmente vão em menor quantidade, mas ainda suficiente para fazerem mal – são os conservantes, aromatizantes e corantes.

Alto teor de sódio, açúcar e gordura

Caso o seu alimento apresente, na tabela nutricional, um alto teor de sódio, açúcar ou gordura – como níveis acima dos indicados em uma dieta de 2.000 Kcal – saiba que você está levando, no mínimo, um alimento processado.

Esses componentes tornam mais barato a armazenagem e transporte de um alimento – um dos principais custos do agronegócio e da indústria alimentícia. Por isso, sua presença significa que alguém julga mais barato carregar a sua saúde do que gastar um pouco mais no transporte.

Presença de conservantes

A presença de conservantes ajuda muito nesse processo. Ela é um alerta vermelho para que você mantenha distância de certos produtos. Muitas vezes feitos a partir de compostos químicos, os conservantes artificiais são amigos, sobretudo, da indústria.

Quando você se deparar com compostos como ácido sórbico, ácido benzóico, nitritos, nitratos e seus derivados. Muitos deles associados com o aparecimento de doenças inflamatórias do intestino.

Alternativa aos ultraprocessados: alimentos orgânicos

Porque os ultraprocessados são tão gostosos?

Apesar disso, os ultraprocessados são incrivelmente agradáveis para o paladar. Isso ocorre pois os principais compostos que enriquecem esses alimentos – os já mencionados açúcares, gorduras e sódio – são importantíssimos para a vida humana quando nas doses certas.

Os açúcares e gorduras são as principais fontes de energia. O ser humano sempre precisou de alimentos ricos neles para sobreviver no meio ambiente. Nosso cérebro evoluiu para nos dar uma preferência por alimentos assim, ajudando na nossa tomada de decisão.

O mesmo vale para o sódio. Nosso sistema nervoso só funciona à base da famosa bomba de sódio e potássio. Isso faz com que esse alimento seja considerado vital pelo nosso cérebro, estimulando seu consumo.

Como substituir os ultraprocessados da sua dieta?

Os ultraprocessados talvez façam parte da sua rotina. Pode ser por meio de cereais no café da manhã, uma barra de proteínas depois do treino ou mesmo com um salgadinho para comemorar a Copa do Mundo.

De toda forma, é possível substituir os ultraprocessados por alimentos que sejam tão ou ainda mais gostosos, mais saudáveis e sem o impacto industrial promovido por essa industrialização dos alimentos. Confira algumas alternativas!

Castanhas e frutas secas

Toda a família das castanhas substitui os salgadinhos facilmente! Ricos em gorduras – só que as boas – elas já fazem parte de qualquer ida a bar. Afinal, quem não gosta de um amendoim?

Com uma maior variedade de castanhas você consegue mais sabor e mais nutrientes no que seria um lanchinho da tarde ou um belisco de festa.

Chips de mandioca

Se feitos com cuidado e atenção, mesmo a batatinha chips pode ser saudável – no caso, a mandioca! Marcas como a Popai, um dos produtores parceiros do Sítio, tem essa delícia que vai muito bem com uma receita de guacamole.

Pães de queijo

Bem universal no gosto, o pão de queijo orgânico do Sítio é uma ótima opção de lanche saudável, rico em carboidratos e que orna com diversas situações de confraternização.